quinta-feira, 10 de julho de 2008
Quando a retranca dá certo
Que sufoco!
"Sufoco" é a palavra que define bem o que foi o jogo de ontem no Mineirão, contra o Atlético MG.
Bem no ataque por apenas 30 minutos de jogo, o Flamengo sofreu uma pressão gigantesca no restante da partida e, por pouco, não entregou de bandeja para o Galo uma vitória que parecia fácil até a metade do primeiro tempo.
Com a ausência de Renato Augusto, que foi negociado terça-feira com o Bayer Leverkusen, e sem poder contar com Leonardo Moura e Cristian, suspensos, Caio Jr sofreu para conseguir segurar o ataque mineiro, principalmente nos últimos 45 minutos.
Nos primeiros minutos de jogo o Atlético só correu e nada criou, enquanto o Flamengo jogava solto, tabelando na meia e buscando abrir o placar. Sem chegar muito próximo do gol adversário, ambas as equipes se defendiam bem e o Mengão tinha posse de bola um pouco maior.
A primeira oportunidade veio aos 14 minutos. Falta na entrada da área do Galo. Bruno se apresentou pra bater, mas acabou deixando para Juan, que cobrou bem, obrigando Edson a buscar no canto esquerdo do gol.
2 minutos depois, o Fla abriu o placar. Obina recebeu na esquerda e enxergou Marcinho livre na direita, nas costas da zaga. Em posição legal, nosso artilheiro recebeu, invadiu a área, deu um drible desconcertante em Amaral e bateu forte, de esquerda, vencendo o goleiro e saindo pro abraço. Foi o sétimo gol de Marcinho na competição.
Depois do golpe o Atlético acordou. E num contra-ataque muito rápido, Danilinho recebeu na direita e bateu cruzado. A bola cruzou na frente do gol e Jailton se atirou, quase fazendo contra, mas conseguindo desviar para fora.
Apesar da pressão da torcida adversária, o Flamengo não se intimidou e respondeu rapidamente. Luizinho tocou pra Kleberson, que cruzou no pé de Juan. Mas o lateral chutou de direita, para fora.
O Flamengo se defendia muito bem, mas aos 25 minutos a Nação ficou preocupada. Falta na entrada da área do Fla. Na cobrança, o sérvio Petkovic. Aquele, do gol de 2001. Pet bateu e a bola voou em direção ao ângulo direito de Bruno, que se atirou e viu a bola sair, rente à trave. Foi só um susto.
Já no primeiro tempo, a primeira mudança no time do Atlético. Saiu Amaral e entrou o meia Castillo. E na primeira jogada, o boliviano já deu trabalho. Depois de tabelar com Renan, Castillo recebeu sozinho, na cara do gol. Bruno saiu fechando o ângulo e obrigou o atacante a chutar cruzado, mas o chute saiu tão torto que a própria torcida atleticana vaiou.
No finzinho do primeiro tempo, quase o segundo do Fla. Após cobrança de falta, Edson afastou parcialmente o perigo. A bola sobrou na cabeça de Kleberson, que ajeitou para Fábio Luciano, também de cabeça, encobrir o goleiro. Edson não conseguiu voltar a tempo, mas a bola saiu à esquerda do gol, livrando o Galo de levar o segundo.
Com o apito do juiz, parecia que os jogadores do Flamengo não queriam mais jogar. Tentando o ataque pouquíssimas vezes no segundo tempo, o time rubro-negro apenas assistia os avantes do Atlético imporem o ritmo do jogo. E foram 45 minutos de "ataque contra defesa".
Já aos 3 minutos, Caio Jr foi obrigado a mexer no time. Toró voltou a sentir a coxa esquerda e deu lugar ao jovem volante Airton. Dessa forma, o Fla ficou mais retrancado, coisa que não é normal na história recente do Mais Querido. Só que a competência defensiva do Flamengo foi o diferencial para que o Galo não conseguisse virar o jogo.
Aos 10 minutos, Vinicius cobrou falta na esquerda. Com um chute violento e bem direcionado, o zagueiro obrigou Bruno a se esticar e espalmar para fora.
Aos 13 foi a vez de Danilinho assustar. O atacante mineiro entrou driblando 3 defensores rubro-negros e chutou de direita, muito próximo do gol de Bruno.
Aos 15 minutos, na sua segunda substituição, Caio Jr sacou Jonatas para a entrada de Erick Flores, com a camisa 36. Jonatas, que até aquele momento era um dos melhores da partida, deixa o campo contrariado.
Em seu primeiro lance, o menino Erick, de 17 anos, entortou 2 adversários e invadiu pela esquerda. O cruzamento de canhota buscava Obina, mas acabou não tendo resultado e saindo pela linha de fundo. Mesmo assim, a satisfação de Caio Jr pela primeira jogada do menino promovido das divisões de base foi notável.
A pressão do Galo continuou e aos 17, numa bola alçada na área de Bruno, Castillo errou a cabeçada. No rebote, a bola sobrou para Renan bater forte e cruzado, forçando Bruno a mais uma defesa importante.
Aos 31 o esforço do Atlético foi recompensado. Após um bate-rebate na área, a bola sobrou para o zagueiro Marcos, já caído, empurrar para o fundo do gol.
Era um empate que já parecia certo, já que naquele momento do jogo o Flamengo havia abdicado do ataque. E a Nação passou a torcer apenas para que não ocorresse uma virada.
Para atrapalhar mais ainda, Caio Jr se viu obrigado a mexer no time mais uma vez, já que Kleberson sentiu a coxa direita. Deixando claro que sua intenção era apenas segurar o empate, o técnico rubro-negro colocou mais um zagueiro, Dininho, passando a jogar num 5-3-2, extremamente fechado.
Ainda houve uma esperança de vitória quando Marcinho recebeu livre na direita, aos 34 minutos e chutou para defesa de Edson. Na sobra, Obina, de frente para o gol, isolou a bola de forma bisonha.
Marcinho e Obina, já cansados, não produziam nada na frente. Erick Flores tentava puxar alguns contra-ataques, mas sem a atividade dos atacantes, a maior parte dos lances acabava ficando nos pés da defesa do Galo.
Aos 35 minutos, novo bate-rebate na área. Na sobra, Petkovic bateu rasteiro e bola saiu à direita do gol de Bruno.
Aos 41, o maior susto de todos. Serginho pegou na direita e bateu de fora da área. A bola foi caindo e acertou o pé da trave direita. Na volta, Elton chutou de esquerda, desperdiçando mais uma chance.
Um minuto depois foi a vez de Raphael Aguiar bater, também de fora da área, saindo à esquerda de Bruno.
Já nos acréscimos, mais um aperto. Aos 46, Renan foi à linha de fundo e cruzou da esquerda pra dentro da pequena área. Castillo chegou desviando e Bruno, mais uma vez, salvou o Fla. De qualquer maneira, o árbitro Paulo Cesar Oliveira já havia apitado o impedimento.
No último segundo, Petkovic ainda tentou mais uma vez. Recebeu de Raphael na esquerda e cruzou, jogando a bola diretamente para a fora.
Era o fim do sufoco. Com o empate o Fla se manteve na liderança isolada, e pelo que foi o jogo, ficou parecendo um resultado excelente.
Para o Galo o sabor foi um pouco mais amargo, já que o time também empatou na rodada passada e segue um pouquinho acima da zona de rebaixamento.
Domingo tem Flamengo x Vasco.
O clássico dos milhões promete. É o primeira da era Dinamite na presidência dos Vices. Portanto, o Fla vai partir com tudo pra dinamitar as pretensões do Bacalhau no campeonato. Se fosse uma final, a vitória rubro-negra era tão certa quanto a equação 2 + 2 = 4.
De qualquer maneira, vamos manter a invencibilidade contra os lusos que já dura mais de um ano, ou exatamente 4 jogos.
SRN! Rumo ao Hexa!
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