sexta-feira, 18 de julho de 2008
E infelizmente chegou "A Hora do Pesadelo"
Vestidos com o novo uniforme lançado ontem pela Nike, os jogadores do Flamengo pareciam verdadeiros covers do personagem Freddie Krugger, protagonista da série de filmes "Hora do Pesadelo", exibidos exaustivamente nos anos 80 e 90.
A camisa com listras finas e detalhes em amarelo destoa totalmente de todos os uniformes usados pelo Fla nos últimos anos. Deve haver quem tenha gostado...
Mesmo com a novidade no vestuário, a noite de ontem não foi das melhores pra ninguém no time do Flamengo.
Depois da saída de Marcinho, vendido para o Al Jazeera, dos Emirados Árabes, a equipe precisava mostrar que, mesmo sem seu artilheiro, era capaz de manter o excelente aproveitamento que conquistou no Brasileirão 2008.
Os 5 pontos de vantagem sobre o vice-líder Cruzeiro, ainda computados no início da rodada, poderiam ter sido mantidos com uma vitória simples. Mas o Flamengo não só deixou escapar essa vantagem na tabela como também a invencibilidade em jogos fora de casa.
Mesmo errando muitos passes, principalmente no meio-de-campo, o time de Caio Jr tentou manter a postura ofensiva durante os 90 minutos em Curitiba, mas levou azar num lance isolado e saiu com a derrota para o Coxa.
Com vários desfalques na base da equipe (Kleberson e Toró machucados, Marcinho e Renato Augusto negociados) cabia a Jonatas e Ibson a função de armar as jogadas. Jailton e Cristian faziam a contenção e Souza e Tardelli formavam a dupla de ataque, responsável pelo primeiro combate, ainda no campo do Coritiba.
Nos primeiros 15 minutos de jogo o Flamengo dominava a equipe paranaense, jogando mais em seu campo de ataque e com marcação mais adiantada.
Até que, após cobrança de lateral pela direita do ataque, o zagueiro Rodrigo Mancha experimentou de fora da área. No meio do caminho a bola desviou em Fábio Luciano, que ainda tentou se esquivar, e enganou Bruno, entrando no canto direito quando o goleiro do Fla saía para fazer a defesa na esquerda. Aos 18 minutos de jogo, Coritiba 1 x 0 Flamengo.
O Mengão só assustou aos 25. Em jogada muito semelhante ao terceiro gol do jogo contra o Vasco, Juan tabelou com Cristian pela esquerda e o volante chutou, buscando o ângulo esquerdo do goleiro Edson Bastos. Dessa vez, a bola foi direto pra fora.
Cristian, aliás, estava irreconhecível em campo. Errando muitos passes e dando botinadas em todo mundo, estava longe de lembrar aquele Cristian de 2007, titular absoluto. Vale lembrar que o gol do Coritiba nasceu de uma cobrança de falta, cometida por ele.
Como as jogadas do Flamengo não se concretizavam em finalizações, só o Coritiba chegava, geralmente nos contra-ataques.
Aos 28, Hugo recebeu na meia-lua, driblou Fábio Luciano e chutou, no meio do gol, para defesa tranquila de Bruno.
Logo depois, aos 30, Keirrison levou pela esquerda, tocou pra Carlinhos Paraíba e recebeu na frente. Já sem ângulo, o atacante tentou o gol, obrigando Bruno a jogar para a linha-de-fundo.
Aos 34, Ibson lançou Juan, que foi à linha-de-fundo e cruzou para cabeçada de Souza, à esquerda do gol.
O último lance de perigo do primeiro tempo também foi do Fla, aos 44. Em cobrança de falta ensaiada, Cristian lançou Juan, que invadiu e cruzou rasteiro, para trás. Jaílton, que havia passado da linha da bola, tentou tocar de letra e jogou pra fora.
No intervalo, era claro o desânimo dos jogadores do Flamengo pelo pouco criado na primeira etapa.
A postura dos dois times no segundo tempo não mudou muito.
O Flamengo buscava incessantemente o ataque, ainda sem acertar muito no seu meio-de-campo. Já o Coxa só queria saber de se defender, criando um verdadeiro ferrolho na frente da área de Edson Bastos, e garantir o resultado.
Aos 6 minutos o Flamengo tentou o empate de maneira não muito comum. Após falta sofrida na entrada da área adversária, Bruno se apresentou para a cobrança e jogou por cima do gol.
A resposta do Coritiba veio aos 11, com Carlinhos Paraíba também cobrando falta por cima do gol de Bruno.
Enxergando a nítida deficiência na ligação meio-ataque, Caio Jr fez sua primeira substituição aos 13 minutos. Sacou Diego Tardelli, que nada produziu durante os 60 minutos que esteve em campo, e colocou Obina.
Com outra cobrança de falta, aos 19 minutos, Cristian chutou de longe, direto pela esquerda da meta coritibana.
A segunda alteração na equipe rubro-negra veio aos 21 minutos, de maneira forçada. Após afastar o perigo na zaga, Ronaldo Angelim sentiu a coxa e pediu pra sair. Caio Jr, que já havia chamado Maxi para entrar, acabou atendendo a solicitação e colocou em campo o zagueiro Dininho.
Maxi acabou entrando no jogo aos 25, no lugar de Souza.
Aos 27, Carlinhos Paraíba invadiu pela esquerda e chutou cruzado, por cima do gol de Bruno.
Nada dava certo nas jogadas do Flamengo. Desperdiçando muitos lances de ataque, as chances rubro-negras se resumiam às jogadas de bola parada.
Em mais uma cobrança de falta, aos 33 minutos, Ibson desperdiçou a chance, com a bola mais uma vez sendo chutada por cima.
Aos 37, a melhor chance do Mengão na partida. Jonatas trouxe a bola até a entrada da área e tentou o passe duas vezes. A bola sobrou livre para Obina que, de perna esquerda, fuzilou Edson Bastos. O goleiro estava atento ao lance e fez ótima defesa, espalmando para escanteio.
No lance seguinte Leo Moura tabelou com Maxi na ponta direita e cruzou para Ibson cabecear fraco, facilitando a defesa do goleiro.
Daí pra frente, a pressão rubro-negra não gerou mais nenhum perigo ao gol do Coxa e o árbitro José Henrique de Carvalho apitou o fim do jogo, com a torcida alvi-verde aclamando seu goleiro, merecidamente.
E o estádio Couto Pereira foi o palco da primeira derrota rubro-negra no Brasileiro 2008, jogando fora do Maraca.
Pelo visto, o novo uniforme, além de feio, dá azar.
Mesmo jogando melhor e se impondo perante o adversário durante todo o jogo, o time de Caio Jr não conseguiu traduzir o domínio em gols, o que prova, mais uma vez, a deficiência do ataque "titular" do Flamengo.
Como se não bastasse a derrota, Juan levou o terceiro amarelo e está fora do jogo de domingo, contra o Vitória-BA, às 18:10, no Maracanã.
Daqui pra frente o Mais Querido volta a se preocupar com os adversários, que ainda são vistos pelo retrovisor, porém, um pouco mais próximos.
Sem descuidar, e fazendo nossa parte, ainda tá fácil manter a ponta e ser campeão.
SRN! Rumo ao Hexa!
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Um comentário:
Só tem uma coisa;a camisa de Freddy Kruger é vermelha e verde.
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