domingo, 29 de março de 2009

Espantando O Fantasma


Quem tem medo de fantasma?
O Flamengo mostrou que não tem!
Se a derrota para o Resende nas semi-finais da Taça GB ainda permeava o noticiário rubronegro durante a semana, a exibição do time na tarde de ontem deixou provado que tudo não passou de um desagradável acidente de percurso.
Jogando no Engenhão, o Fla passou fácil pelo vice-campeão do 1º turno e aplicou-lhe um sonoro 4 a 0, em clima mais de jogo-treino do que de revanche.

Josiel marcou mais dois e com isso se igualou a Bruno Meneghel, atacante do próprio Resende, na artilharia do Carioca 2009.
O primeiro, num carrinho típico de artilheiros oportunistas. O segundo, totalmente fora de suas características, num chute fora da área, que surpreendeu o goleiro Cleber.
Cleber que, aliás, foi o melhor jogador do Resende na partida. Se o Flamengo "só" fez 4, agradeçam muito a ele, que no primeiro tempo fechou o gol, garantindo a virada de campo ainda com o placar zerado.

O melhor do Flamengo foi novamente o garoto Erick Flores.
Presente na armação de quase todas as jogadas ofensivas do Flamengo, o camisa 30 estava impossível e, por muito pouco, não marcou seu primeiro gol pelos profissionais.
Everton Silva também esteve muito bem.

A Nação compareceu relativamente bem. Aproximadamente 13.000 presentes.
Pouco para os padrões rubronegros, mas o suficiente para bater a marca de segundo maior público da temporada no Engenhão, superando inclusive os botafoguenses, donos da casa, que jogaram no Maracanã e também fizeram vergonha em termos de público, já que a imprensa noticiou que cerca de 70% dos torcedores presentes ao clássico das 20h30m eram tricolores.

Com as derrotas de Botafogo e Bangu, o Flamengo se isola novamente na liderança do grupo B, com 13 pontos.

O próximo compromisso do Mengão é na terça-feira, contra o Americano.
É ganhar e praticamente garantir a classificação às semi-finais da Taça Rio.

SRN! Rumo ao Penta-Tri!


quinta-feira, 26 de março de 2009

Só Jesus Salva! (Parte 2)


Tarde de Josiel no estádio Giulitte Coutinho, em Édson Passos.
Nosso cabeludo camisa 9 entrou em campo mordido com as declarações do presidente-interino Delair Dumbrosck, que dias antes afirmara a falta de um matador no time de Cuca.
Josiel fez logo quatro gols, dos quais os três últimos foram validados. O que seria o primeiro, foi corretamente anulado pela arbitragem, por posição ilegal do centroavante.
E só não fez mais porque não deixaram. Duas cabeçadas no início do jogo e um chute espirrado no segundo tempo também poderiam ter mexido no placar, não fosse a força exagerada nos cruzamentos e a interceptação, quase sobre a linha, do zagueiro Eduardo Luiz na tentativa quase furada do atacante rubronegro.
Josiel estava mesmo num bom dia!

O Flamengo até que se portou bem. Jogando quase o tempo todo no campo do tricolor suburbano, o Mengão chegava constantemente ao ataque, na maioria das vezes pelas pontas, em jogadas de Juan e Everton Silva. Ambos muito bem no jogo, por sinal.
Juan acabou premiado com um gol de pênalti, assinalado pelo árbitro Rodrigo Nunes de Sá após Eduardo Luiz desviar levemente a bola com a mão direita, num cruzamento que Josiel pegaria de primeira em direção ao gol de Renan.
O lateral cobrou muito bem, no canto direito do goleiro, e fechou o placar em 4 a 2 para o Mengo.

E que partida fez também o garoto Erick Flores. Talvez, sua melhor atuação pelo time profissional do Flamengo.
Jogadas individuais, dribles marotos, tabelas perfeitas e duas assistências para os gols de Josiel.
Se no ano passado o menino Erick não convenceu, sendo lançado em momento de enorme pressão durante o Campeonato Brasileiro, parece que agora a coisa mudou. Mesmo jogando numa situação onde a equipe tinha a responsabilidade da vitória sobre seus ombros, Erick Flores foi magnífico ao substituir o suspenso Leonardo Moura no meio-de-campo.
Agora é ficar de olho e torcer por duas coisas:
1. Que ele mantenha o bom nível em suas próximas atuações;
2. Que, finalmente despontando como craque, o menino não seja vendido a preço de banana. O que é bem comum, em se tratando da nossa diretoria.

Ponto negativo do jogo: Nossa zaga.
Dois gols bobos do Madureira, em jogadas absolutamente despretensiosas.
Faltou atenção, faltou força-de-vontade e faltou compromisso.
Menção desonrosa para Aírton e Toró, que apenas assistiram o ataque do Madura jogar em ambos os lances.

Sábado tem o Resende. Novamente o Resende...
E não deixa de ser mais uma decisão.


SRN! Rumo ao Penta-Tri!


terça-feira, 24 de março de 2009

Hora De Juntar Os Cacos


Um mês e meio sem postar aqui. E como mudou a nossa situação!
Na verdade, nem mudou tanto assim. Continuamos sem padrão tático, Obina continua sem fazer gol, Cuca continua sem nenhuma força de comando, nossa diretoria continua perdida em meio ao caos financeiro em que se encontra o clube...
Mas muita coisa aconteceu nesse meio tempo: Empate com Boavista e Botafogo (o primeiro, um resultado considerado ruim, o segundo, nem tanto), vexame contra o Resende na semi-final da Taça GB, goleada sobre o inexpressivo Ivinhema do Mato Grosso do Sul, título internacional do Basquete (que padece de males ainda piores que o futebol).
E agora, uma derrota para o Vasco da Gama, depois de 2 anos sem perder pra eles. Logo eles, ainda recém-rebaixados à Série B do Brasileirão e ainda se recuperando deste infortúnio que, no Rio, só não atingiu o Mengão.

Tudo bem que eles golearam o Botafogo. É, o Botafogo, campeão da Guanabara. O Botafogo, dono do ataque mais positivo da competição e considerado o time mais coeso do Carioca. Sim, foi goleado pelo Vasco da Gama, por 4 a 1.
Mas ainda assim... Quem viu (ou ouviu) o jogo do último domingo, sabe: Esse time do Vasco não é nada demais!

A derrota do Flamengo por 2 a 0 mostra o estado combalido em que se encontra o clube Mais Querido do Brasil. Ela simboliza a total perda de rumo do futebol profissional do Flamengo nos últimos anos.
Salários atrasados, falta de pulso, contratações esdrúxulas, pratas-da-casa negociados a preço de banana por empresários inescrupulosos, dentre outras coisas.
As mazelas na Gávea são exatamente as mesmas, há muito tempo.

Perder para o Vasco não é o fim do mundo! Afinal, clássico é clássico e flamenguista não tem essa frescura de "vitória contra o Vasco é um título à parte", como se falou por muito tempo na colina de São Cristóvão.
Porém, perder pro Vasco, jogando como jogou, dentro da atual conjuntura dos clubes... É, no mínimo, broxante.

Eu, particularmente, não sei o que podemos esperar desse time, que ao entrar em campo não mostra um mínimo de organização, disciplina e, principalmente, vontade.
Não sei o que podemos esperar de um treinador, reconhecidamente perdedor nato, que depois de quase quatro meses à frente do time não foi capaz de definir um padrão para ele e fazê-lo jogar de acordo com esse padrão nos jogos importantes.
Não sei mesmo!

A boa notícia? Tem uma: Emerson chegou!

Quem é Emerson? Bom... Também não sei.
Só sei que jogou nos juniores do São Paulo, foi vendido muito cedo pro exterior e em 2005 foi preso no aeroporto por ter jogado com a idade adulterada durante os primeiros anos de carreira.
Mas a julgar pelo rubronegrismo entranhado nos olhos desse rapaz, somado às estatísticas dele no futebol asiático (não que sirva de base pra muita coisa), pode ser que as coisas melhorem um pouco.
No mínimo, teremos a certeza de que alguém neste time, depois de muito tempo, veste a camisa do Flamengo por amor ao clube. De verdade!


SRN! Rumo ao Penta-Tri! (Pois é... Eu ainda acredito.)


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Só Jesus Salva!

Como diria Galvão Bueno, "Haja coração, amigo!".
O jogo de domingo no Estádio da Cidadania foi daqueles que desesperam qualquer torcedor mais esperançoso.
A dificuldade apresentada pelo Flamengo para chegar com eficiência ao gol do fraco Volta Redonda é algo realmente preocupante.
Escalado inicialmente num 4-4-2, mas voltando ao já tradicional 3-6-1 no decorrer da partida, devido ao esquema superdefensivo do adversário, o Fla jogou 30 minutos terrivelmente improdutivos.
Se não fosse uma subida do Willians num lance individual e uma furada do Obina, que acabou numa bola "ajeitada" pro Marcelinho, teríamos visto um primeiro tempo só de sustos, com direito a bomba no travessão do goleiro Bruno.
É impressionante como o Flamengo, depois de toda uma pré-temporada e já na terceira rodada do campeonato estadual, não consegue apresentar sequer uma jogada eficiente de ataque.

Ao contrário dos jogos anteriores, desta vez o Flamengo não dominou do início ao fim. Mesmo tendo mais volume de jogo que o Voltaço, o que é apenas a obrigação de qualquer time grande, o número de jogadas que realmente poderiam ter terminado em gol foi baixíssimo, tanto quanto o do retrancado adversário.
Que falta fazem um meia produtivo e um homem-gol de verdade!

Depois de 85 minutos de jogo truncado, Maxi levou pela esquerda, driblou o marcador e cruzou forte demais. A bola sobrou na esquerda para Egídio, que vinha muito mal na partida, e ele cruzou no primeiro pau, onde Josiel, o "Jesus da Gávea", tocou de tornozelo, na saída do goleiro Edinho.
Alívio de uma agoniada torcida, que já rezava pro jogo acabar antes de levar um gol bobo.

O ponto positivo da partida ficou por conta de uma falta cobrada por Marcelinho Paraíba. Numa cobrança, aos cinco minutos do segundo tempo, Marcelinho mandou um balaço e por muito pouco não acertou o gol, mostrando que pode perfeitamente vir a ser o cobrador de faltas da equipe.

De negativo, além da fraquíssima atuação do time titular, a contusão do goleiro Bruno, que machucou o joelho direito e pode ficar fora do jogo de quarta-feira contra o Mesquita.

Quanto à esperada estréia de Zé Roberto, ainda dependemos da documentação não enviada pelo Schalke 04. Se chegar a tempo, ele joga. Mas, sabendo que a tarefa está por conta da nossa Diretoria, não vamos esperar muita coisa.

Seja o que Deus quiser!


SRN! Rumo ao Penta-Tri!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Cadê o Carrossel do Cuca?

Desde a primeira rodada eu já havia percebido uma coisa muito preocupante no Fla 2009. Mas, por se tratar de início de temporada, primeira partida oficial, e etc, preferi não me manifestar a respeito e aguardar, no mínimo, o jogo seguinte. Veio a segunda rodada e, com ela, a constatação de que minha percepção estava correta: Cadê as jogadas ensaiadas do Flamengo?
Ora, em seus tempos de chororô, Cuca era exaltado pela quantidade e diversidade de jogadas ensaiadas de seu time, exageradamente apelidado de "carrossel".
Pois em tempos de Flamengo, Cuca parece ter esquecido de treinar com nossos jogadores as formas adequadas de adentrar à zaga dos adversários, conforme o esquema tático que nós e eles estivérmos usando.
Não que o Flamengo não esteja chegando ao ataque. Pelo contrário. Dada a fragilidade dos times que temos enfrentado, o Mengão tem dominado os jogos e pressionado os adversários com muita intensidade. Mas a coisa se dá mais pela força de vontade do que pela aplicação tática.
Basta notar que cerca de 80% das nossas jogadas terminam numa bola alçada ou num chute de fora da área. Raramente o Flamengo penetra a área adversária com toque de bola, com jogadas envolventes ou mesmo com lances individuais.
E num time que tem laterais e meias altamente habilidosos, tais como, Leo Moura, Juan, Kleberson, Ibson, Everton e Jônatas, essa estatística beira o ridículo.
Continuo perguntando: Cadê o "Carrossel" do Cuca? Cadê as jogadas ensaiadas? Contra times bons, elas farão falta.

O jogo de ontem foi mais um espetáculo deprimente no que tange às atuações da arbitragem carioca.
Gol ilegal validado, gols legais anulados, pênaltis inexistentes, agressões sem punição. Djalma Beltrami conseguiu errar de tudo um pouco.
Se influiu no resultado do jogo, com certeza sim. A favor de quem? Não se sabe. No fim das contas, tivesse ele acertado em todos os lances, o placar continuaria nos 2 a 1 para o Mengo.

Num primeiro tempo meio sonolento, o Flamengo até que chegou algumas vezes com perigo, tendo em Obina a única referência ofensiva dentro de campo.
Obina, que mais uma vez, passou em branco. Novamente ele se esforçou muito. Chegou com muito perigo, concluiu bem a maioria das jogadas, deu chapéu no zagueiro. Fez até gol de bicicleta! Pena que a jogada já estava paralisada, por posição irregular de Leo Moura.
Na melhor chance que teve no jogo, pediu pra cobrar uma penalidade cavada por Juan e foi atendido. Ajeitou, correu, deu a paradinha e mandou na trave. Decepção do camisa 18 e aplausos irônicos da torcida do Bangu.
45 minutos no zero a zero.

No intervalo, Cuca resolveu mexer no time e colocou Maxi no lugar de Kleberson, que foi um peso morto em campo na primeira etapa. O argentino deu boa movimentação ao lado direito do ataque rubronegro e mais jogadas passaram a sair por aquela ala. Não por acaso, Leo Moura também melhorou consideravelmente seu desempenho. No lado esquerdo, cabia a Everton buscar a linha-de-fundo, já que Juan se encontrava contundido por uma pancada sofrida anteriormente.
Mais uma vez o Flamengo chegava ao ataque com muita vontade e pouca organização.
Jogadas aéreas predominavam e, quase sempre, Obina concluía sem sucesso.
No fim das contas, o filme de sempre se repetiu.
Apesar do pleno domínio rubronegro, aos doze minutos, após uma jogada atrapalhada na área do Flamengo, saiu o gol do Bangu.
Rafael Suero, que havia acabado de entrar no jogo, aproveitou bola rebatida por Somália, que estava em posição irregular, e tocou na saída de Bruno.

Na sequência, Cuca fez a segunda subistituição, com a entrada de Marcelinho Paraíba no lugar de Juan. Marcelinho, que durante a semana se envolveu numa enorme polêmica sobre atraso de pagamentos e sua possível saída da Gávea, parece ter entrado em campo disposto a mostrar que os problemas extra-campo ficaram pra trás.
Se apresentando bastante pro jogo, dos pés dele saíram boas oportunidades de gol.
Jônatas, que entrou no lugar de Aírton, também melhorou bastante o toque de bola pelo meio-de-campo. Muito ativo ofensivamente, aparecia constantemente ao lado de Ibson, Leo Moura e Willians para tabelar no início das jogadas.
Chutes de fora da área não faltaram no segundo tempo: Leo Moura, Marcelinho e Ibson tentaram, este último tendo acertado o travessão. Mas o placar continuava desfavorável.

Até que Beltrami resolveu dar pênalti em cima de Maxi, numa jogada individual do argentino, onde ele errou o chute pro gol e caiu.
Desta vez Marcelinho pediu a bola e mandou pro fundo das redes. Era o empate do Mengão, aos 42.
30 segundos depois, novamente o trio de arbitragem interferiu.
Em chute de Marcelinho, a bola resvalou em Everton e entrou. Apesar da condição legal do atacante, a bandeira foi alçada e o árbitro entrou na onda, anulando o que seria a virada do Flamengo.
Mais um minuto e mais uma lambança. Bangu no ataque, Sasá recebe a bola livre dentro da área, mata, faz o gol... Mas o lance foi paralisado, mais uma vez de forma equivocada.
Aos 44, o alívio! Marcelinho cobra escanteio pela esquerda e a bola vai na cabeça de Ronaldo Angelim, que consciente, escora para o gol.
Enfim, era a virada do Mengão!

Fim de jogo. Resultado magro e três pontos garantidos, que mantém o Fla na liderança do grupo B.

Domingo, contra o Volta Redonda, vamos ver se o time vai apresentar alguma novidade nas suas triangulações.
Se tudo correr bem, será a estréia do camisa 10, Zé Roberto. E pode ser que, nas próximas rodadas, Cuca reedite o tal "carrossel", no qual o nosso Zé já foi a engrenagem principal.
É esperar pra ver.

SRN! Rumo ao Penta-Tri!


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Treino é Treino, Jogo é Jogo

Domingo, 25 de Janeiro de 2009, o Flamengo estreeou no Campeonato Carioca, rumo ao mais um Tri-campeonato.
O palco era o Maracanã e o adversário, um calejado Friburguense, que como boa parte dos chamados "pequenos", chega a mais uma temporada disposto a dar trabalho aos clubes tradicionais.
O cenário era totalmente favorável: Um adversário que nunca nos venceu, o Maraca com aproximadamente 38.000 rubronegros cantando e apoiando o time, um solzão típico de Rio de Janeiro, o Flamengo entrosado, sem nenhum desfalque e com poucas surpresas na escalação. A galera esperava um jogo de boa qualidade e um placar tranquilo, que nos garantisse uma vitória sem muitos sustos.

Não foi bem isso que vimos.
Não que o jogo tenha sido fraco ou que o time tenha se portado mal.
Com poucas excessões, o elenco do Flamengo se mostrava bem em campo, dominando o jogo e atacando constantemente a meta do goleiro Adriano.
Adriano, aliás, é um goleiro veterano, de 40 anos de idade. Além de contar com sua experiência, Adriano estava abençoado. Foi ele, sem sombra de dúvidas, o grande nome do primeiro tempo.
No duelo travado com Obina nos primeiros 45 minutos, Adriano levou a melhor e fechou o gol, fazendo defesas difíceis. Algumas, porquê não dizer, fantásticas.

É. E o Obina não fez gol.
Ele que vinha sendo o goleador dos treinos na pré-temporada.
Ele que tanto foi elogiado pela força de vontade em não sair da linha nas férias.
Ele que, mais uma vez, passou em branco quando a coisa começou pra valer.
Mas é como diz o título deste post: Treino é treino e jogo é jogo.
Não quero e não vou crucificar o Obina. Não desta vez.
O baiano jogou até bem. Se posicionou bem, trabalhou bem as bolas que chegavam aos seus pés, e, principalmente, Obina finalizou muito bem em quase todas as oportunidades que teve.
Mas no caminho dele tinha um tal de Adriano.
E o primeiro tempo terminou no zero a zero.

O ponto mais positivo ficou por conta do estreante Willians. O Paul Tergat da Gávea mostrou que tem muita disposição e que, tanto na defesa quanto no ataque, vai ser muito útil nessa temporada. Se continuar como está, é titular fácil no Mengão 2009.

No intervalo, a típica impaciência de alguns imbecis que se dizem torcedores do Flamengo tentou se manifestar. Algumas vaias chegaram a ecoar no Maracanã, num protesto pela falta de gols.
Porém, para alívio dos que entendem que vaiar o Mengão é o mesmo que torcer contra, desta vez a manifestação negativa foi abafada por uma salva de palmas, vinda de uma arquibancada que reconheceu o esforço dos jogadores e a dificuldade imposta pelo adversário, que além do goleiro inspirado, contava com uma zaga formada por dez jogadores.
Mas, é óbvio, o resultado não agradava a ninguém.

E com o segundo tempo veio a primeira alteração: Everton entrou no lugar de um apagado Marcelinho Paraíba, figura nula na primeira etapa.
Com a volta ao gramado, o jogo ficou mais aberto. O Friburguense parecia ter entendido que, caso continuasse com a mesma postura, um gol do Flamengo seria só questão de tempo. Desta forma, o time voltou disposto a tentar o resultado e o inesperado aconteceu.
Aos dois minutos, Thiago chutou de fora da área, Bruno espalmou e o apoiador Victor Hugo tocou pro fundo do gol.
E foi aí que começou o problema. Como já é de costume no futebol brasileiro, principalmente no Rio de Janeiro, a arbitragem resolveu aparecer mais do que os jogadores e criou mais uma de suas prezepadas.
O auxiliar Antônio Muniz de Oliveira levantou sua bandeira, assinalando irregularidade e invalidando o gol do time de Nova Friburgo.
O mais grave de tudo isso é que, no momento da jogada, o autor do gol estava em posição legal, mais de três metros atrás do primeiro defensor do Flamengo. Pra piorar a situação, não era só um zagueiro dando condição, mas três.
E ainda assim, mesmo sob protestos, o árbitro Leonardo Garcia soprou o apito, acatando a decisão de seu auxiliar e jogando por água abaixo a credibilidade de uma ainda possível vitória rubronegra.

O problema da arbitragem carioca é crônico. Apenas um dia antes, numa partida válida também pela primeira rodada de nosso estadual, um outro "gênio" do apito estava determinantemente decidido a validar um gol a favor de nosso rival mais chorão, no qual a bola tinha entrado por fora, através de um furo na rede.
Ele teimou, teimou, teimou, apontou o centro de campo por quatro vezes e, depois de quase apanhar de um dos seus auxiliares, voltou atrás e anulou o lance bizarro.

Mas, voltemos ao que interessa.
Depois do gol anulado, o Friburguense sentiu que podia abrir o placar (mais uma vez) e garantir um bom resultado. E se lançou à frente com mais liberdade.
O que abriu espaços para o ataque do Flamengo que, depois de muito tentar, chegou ao gol num contra-ataque iniciado e concluído por Juan aos treze minutos.
Já era de se esperar que a jogada de um possível gol rubronegro viesse pelo lado esquerdo, dada a fraquíssima atuação de Leo Moura.
Com participação de Everton, Ibson e Obina na jogada, a bola sobrou quase em cima da linha, após mais uma defesa do goleiro Adriano. Juan chegou embalado e concluiu o lance, chutando pro fundo da rede e saindo pra comemorar frente à galera.

Daí até o final do jogo, o ritmo diminuiu e ambos os times se arriscavam muito pouco.
O Fla ainda teve boas oportunidades com Obina (duas) e Ibson, mas ficou por isso mesmo. Flamengo um a zero. E um sorriso amarelado pela sensação de que, sem a ajudinha do bandeira, nossa estréia poderia ter sido muito problemática.

Pra completar o espetáculo de mau gosto do trio de arbitragem, o homem do apito, que já havia errado na conta dos acréscimos do primeiro tempo, fez besteira também no segundo. Apontou quatro minutos, fez valer só dois.


Amanhã tem Bangu. Reedição de um jogo que foi considerado um clássico e que já a algum tempo não fazia parte das nossas trajetórias.


SRN! Rumo ao Penta-Tri!


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A Vantagem da Desconfiança


Ultimamente, acompanhando outros blogs rubronegros e as comunidades do Flamengo no Orkut, tenho notado algo comum em quase a totalidade dos nossos torcedores: A desconfiança em relação ao desempenho da equipe em 2009.
Nada mais natural, dadas todas as decepções do ano passado, as quais não vou citar por não se fazer necessário.

Fato é que a Nação não está criando muitas expectativas para a temporada atual e o que poderia ser precocupante, na verdade vem me deixando muito satisfeito.
Ora, sem projeções muito eufóricas, a tendência é que a pressão sobre o time seja muito menor e que as coisas fluam mais naturalmente a caminho do que vier pela frente.

Teremos em 2009 nada menos que quatro competições para buscar o alto do pódio:
O Carioca, que se tornou uma meta por ser a chance para mais um Tri-campeonato e para definitivamente, e oficialmente, ultrapassarmos o time de terceira em números totais de conquistas.
A Copa do Brasil, que é a primeira oportunidade de consolidar nosso retorno à Libertadores em 2010.
O Brasileirão, que já é obrigação desde 1993 e que poderia ter sido nosso clímax no ano passado.
E a Copa Sulamericana, competição a qual os clubes brasileiros não davam muito importância, mas que tende a se tornar mais valorizada devido à conquista do Inter no último dezembro.

Ou seja, são quatro títulos, dos quais a Nação faz questão de comemorar no mínimo dois, mas que por enquanto, não acredita muito em nenhum.
O mais curioso e mais importante nisso tudo é que o Flamengo desponta como favorito e mais bem preparado na análise de todos os especialistas, pelo menos entre os quatro "grandes" cariocas. E, ao contrário do que se viu na nossa história recente, isso não tem contribuído em nada para criar aquele típico clima de "já ganhou" que sempre ronda a Gávea em épocas de favoritismo rubronegro.

Particularmente, eu prefiro a torcida assim.
Desacreditada no início, mas se superando, fazendo a parte dela e se surpreendendo no final.
Foi assim em 2007 e sinto que vai ser assim em 2009.
Se continuar como está, esse ano promete!


SRN! Rumo ao Penta-Tri!


quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Ano Novo, Esperança Renovada!


Após um ano que tinha tudo pra ser memorável e terminou com status de "pra ser esquecido", o FLAnalisando volta à ativa.

Foram 4 longos meses em que, por motivos particulares, não houve nenhuma condição de continuar comentando o dia-a-dia do clube mais querido do Brasil. Mas 2008 se foi e a esperança de um ano melhor fez com que este que lhes escreve buscasse pequenos espaços de tempo para publicar o que quer que fosse neste Blog.

Então voltamos! Eu, vocês e o Flamengo.

Na manhã de hoje, 28 dos 30 jogadores já confirmados para iniciar a temporada 2009 se reapresentaram na Gávea. Entre eles, o zagueiro Douglas e o meia Willians, contratados junto ao Sto. André, o atacante Kayke e o volante Antônio, promovidos entre os Juniores, o lateral-esquerdo Egídio e o zagueiro Fabrício, que voltaram de empréstimo ao Juventude e ao Paraná Clube, respectivamente.
Recebidos por Cuca, nosso novo comandante, também estavam lá:

Bruno, Diego, Marcelo Lomba e Paulo Victor (Goleiros); Leo Moura e Juan (Laterais); Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Thiago Sales (Zagueiros); Aírton, Toró, Kleberson, Ibson, Fierro, Everton e Jônatas (Volantes e Meias); Obina, Maxi, Josiel, Tardelli, Paulo Sérgio e Vandinho (Atacantes).

Dos jogadores esperados, apenas Sambueza e Marcelinho Paraíba não compareceram.
O primeiro por culpa de um cancelamento do seu voo Buenos Aires x Rio de Janeiro.
O segundo, ninguém sabe. Marcelinho não telefonou, não avisou, não se justificou. E ninguém no Flamengo conseguiu falar com ele.
Se esse episódio renderá algum problema ao nosso camisa 11, somente saberemos nos próximos dias.

O ponto positivo do início de ano rubro-negro ficou por conta da manutenção do time-base de 2008.
Fábio Luciano, Juan, Bruno, entre outros que a imprensa já classificava como "fora dos planos", voltaram e deram a entender que vão continuar. Pelo menos até a próxima janela.
Tudo bem, é consenso que nossos jogadores não corresponderam a todas as expectativas no ano passado, mas se pensarmos bem, chegamos às seguintes conclusões:

1- O Flamengo tem, no papel, um dos elencos mais fortes do Brasil;
2- Os jogadores já se conhecem, o time titular já está entrosado e o ambiente no grupo é muito bom, segundo eles próprios;
3- A vergonha pelos fiascos de 2008 ainda está entranhada em cada um dos que participaram delas. Portanto, estes têm o dever moral de buscar a redenção junto à torcida.

Apesar do pensamento positivo, não temos motivos para comemoração ou, sequer, para nos sentirmos aliviados.
Recentemente, o diretor de futebol Plínio Serpa divulgou na imprensa a informação de que o Flamengo precisa de, pelo menos, R$ 40 milhões para sanar dívidas remanescentes do último ano. Entre elas, os sálarios de Novembro, Dezembro e o Décimo Terceiro de jogadores e demais funcionários.
Reflexo deste deplorável quadro financeiro, a falta de contratações importantes para reforçar o elenco também tem preocupado a Nação.
Pelo menos, uma certeza: Sem contratações mirabolantes evitaremos contrair novas dívidas para o exercício atual.


E assim começa mais um ano no Clube de Regatas do Flamengo.
Na esperança de que se concretizem as palavras proferidas hoje pelo nosso Capitão, Fábio Luciano:

"O Flamengo tem time pra ganhar as 4 competições que vai disputar este ano!"


SRN! Rumo ao Penta-Tri!

Bem-vindo ao FLAnalisando!

A finalidade principal deste blog é analisar os jogos de futebol profissional do Clube de Regatas do Flamengo, através da visão de um torcedor que se considera muito apaixonado pelo clube.
Outros assuntos relevantes a respeito do Flamengo poderão ser tratados no blog, desde que este que vos escreve esteja suficientemente a par dos acontecimentos, visando reduzir ao mínimo possível as bobagens que aqui possam ser ditas.

O FLAnalisando foi criado em 25/05/2008 e esta data foi escolhida por dois motivos:

1º. Apesar de já ser uma idéia antiga, minha vontade era estrear o blog analisando uma boa vitória, num momento em que o time estivesse atravessando uma fase tranquila e promissora.

2º. Esta é a data do meu aniversário e, dessa forma, não esquecerei a data de aniversário do blog.


Espero que todos os que aqui chegarem, intencionalmente ou por acaso, possam desfrutar de uma leitura agradável, interessante e que expresse sensações e pensamentos compatíveis com a alegria de ser rubro-negro.

Obrigado pela presença!

Saudações Rubro-Negras!


Quem Sou Eu?

Nome: Paulo Roberto Barbosa Jr
Idade: 25 anos
Natural de: Rio de Janeiro - RJ
Residência em: Nilópolis - RJ

Resumo Pessoal:
Flamengo desde antes de nascer, comecei a experimentar verdadeiramente a alegria de ser um rubro-negro apaixonado aos 9 anos de idade, vendo o vovô-garoto Junior Capacete sapecar o Botafogo em pleno Maracanã, na final do Brasileirão de 1992.
Daquele momento em diante não havia mais nada que me fizesse enxergar outras cores que não o vermelho e o preto do nosso manto sagrado.
Devido à minha tenra idade na ocasião, não pude comemorar os títulos conquistados por Zico e cia, mas tive o prazer de vivenciar diversas conquistas, entre as quais destaco o Penta-Vice imposto ao nosso rival íbero-carioca, Vasco da Gama, entre os anos de 1999 e 2006.


Rumo ao Hexa! SRN!


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