quinta-feira, 29 de maio de 2008

Uma velha obrigação


"O Brasileiro é sim, obrigação."
Assim começa a carta que o nosso Capitão Fábio Luciano recebeu de uma das torcidas organizadas do Flamengo neste meio de semana e que se refere à faixa "O Brasileiro é Obrigação", estendida nas arquibancadas do Maracanã no último sábado, na partida contra o Internacional.
O texto, o qual não vou reproduzir aqui por completo, tenta esclarecer para os jogadores a posição da torcida quanto à atual situação do Flamengo no cenário do futebol nacional e a grandeza do clube que estes representam quando sobem a campo trajando o Manto Rubro-Negro.
A carta também demonstra, de forma muito clara e direta, que a torcida não está cobrando somente resultados, mas eu diria principalmente, postura. Essa cobrança se estende aos dirigentes e demais envolvidos com a mesma intensidade. Isso fica bastante óbvio no trecho que diz:

"Esperamos sempre dos jogadores, que vestem o Manto Sagrado, honra e dedicação, mas não apenas isso. Exigimos, também, um trabalho digno por todos aqueles que estão além das quatro linhas. Comissões técnicas, diretorias e até mesmo dos torcedores."

Como não poderia deixar de ser, a trágica derrota do último 07 de Maio não ficou esquecida. Ela é citada duas vezes durante no decorrer do texto e com isso os autores fizeram questão de lembrar que este triste episódio ainda não saiu, e nem vai, da cabeça do verdadeiro rubro-negro.
Exaltando o amor que o torcedor rubro-negro sente pelo clube, eles demonstram que a torcida deseja ver nos jogadores do Flamengo, atletas dedicados, que se doem ao máximo, assim como a própria Nação se doa ao clube. E explicam isso com as seguintes palavras:

"Acreditamos que muitos desses jogadores não têm a menor noção do que ele está representando ao jogar pelo Maior do Mundo, não sabem a dedicação de cada torcedor e seu esforço para apoiar e ver o clube do seu coração. Isso serve também para a Diretoria e comissão técnica.
Simples coisas, como os milhares de papéis picados arremessados da arquibancada para recepcionar os nossos jogadores na final do estadual, demandaram, além do valor financeiro, um sábado inteiro de centenas de apaixonados, que em suas rotinas, abrem mão de família, trabalho e outros mil compromissos para se dedicar ao Flamengo."


E completam esse mesmo parágrafo com uma frase daquelas que entram pra história e que são facilmente assimiladas e incorporadas pela Nação:

"NÓS VIVEMOS FLAMENGO, RESPIRAMOS FLAMENGO!"

Assim é o Rubro-Negro! Assim é a nossa Nação!
Não basta se dizer Flamenguista quando surge um papo numa rodinha de botequim.
A dedicação e o amor ao clube vão além do que qualquer outro pobre mortal poderá um dia compreender.
E os jogadores que não pensem que a torcida não está de olhos abertos. Para aqueles que não conhecem o tamanho da visibilidade causada pelo toque de uma caneta em um contrato com o Flamengo, o recado é bastante direto:

"Sabemos que essa pressão pode incomodar alguns jogadores, mas todos têm que saber que estar no Flamengo é estar sujeito à maior das glórias e, também, das desgraças. Aqueles que não estão preparados para tal: é melhor largar o barco agora!"

Largar o barco é uma coisa que certos jogadores nunca farão. Em primeiro lugar, pela total falta de vergonha-na-cara, atributo fundamental a qualquer bom profissional e a qualquer homem que honre as calças que veste. Até mesmo por que, isso seria assinar o próprio atestado de incompetência. Incompetência essa que já está mais do que comprovada em alguns casos.
Em segundo lugar, por que a bocada é muito boa! A cada contratação, jogadores, empresários e, por quê não, dirigentes, abocanham milhares, talvez milhões de Reais dos cofres rubro-negros.
Porém, seja qual for o elenco e seja qual for a corja que se esconderá entre cargos administrativos na política do Mais Querido, o mais importante é que a torcida já se comprometeu a continuar apoiando, mesmo mantendo as cobranças. Segundo a carta, a tal faixa vai permanecer lá até que o Flamengo conquiste novamente o Brasileirão. Mesmo que isso demore (bate na madeira) mais 15 anos.
A carta se conclui com o pensamento que todo rubro-negro tem quando lembra de nossas últimas campanhas no Brasileiro, que com excessão de 2007, foram todas de razoável para baixo:

"essa conquista está engasgada há mais de uma década e chegou a hora de gritarmos: Hexacampeão!"

O espírito tem que ser esse mesmo: Apoiar sempre, exigir sempre! Satisfazer-se com mediocridade, nunca!
Como eu já disse lá em cima: Assim é o Rubro-Negro! Assim é a nossa Nação!


Pra quem quiser ler o texto na íntegra, abaixo o link para o site oficial da torcida Urubuzada, responsável pela faixa e pela carta:

Divulgação da carta em Nota Oficial, no site da torcida Urubuzada.


SRN! Rumo ao Hexa!

domingo, 25 de maio de 2008

Enfim, o Flamengo de Caio Jr.


Depois de duas rodadas jogando ainda com jeito de Joel Santana, nosso treinador, Caio Jr., finalmente começa a dar a sua cara ao Flamengo.
Com as saídas de Ibson e Kleberson, o Mais Querido entrou em campo contra o Internacional, pela terceira rodada do Brasileirão, usando uma incomum formação 4-3-3, disfarçada de 4-4-2.
Marcinho, que na formação tática foi recuado para o meio, atuou na verdade como um terceiro atacante, abrindo o jogo nas pontas, sempre invertendo o lado com Diego Tardelli. Enquanto isso, Souza pôde permanecer mais próximo da área, em busca dos gols que tanto vêm lhe fazendo falta.
Já no início da partida, deu pra notar claramente que o esquema do "Tiozão" Caio Jr. tinha um ponto fraco: Faltava um meia de ligação. Jogando com três volantes, Jailton, Toró e Cristian, o Flamengo não criava com qualidade e, aos poucos, o Internacional foi tomando conta da partida.
Os erros de posicionamento da defesa rubro-negra também eram evidentes. Tanto que, aos 20 minutos de jogo, o atacante Fernandão (1,90m) cabeceou tranquilo e com muito perigo para o gol de Bruno. Seu marcador era o franzino e não tão alto, Ronaldo Angelim, de 1,77m. Por sorte, essa parou nas mãos do nosso Muralha.
Como não acertava os passes e detinha pouca posse de bola, o Mengão só chegou à meta colorada aos 22 minutos, em chute rasteiro de Leo Moura, defendido pelo goleiro Renan.
Com o passar do tempo e com a atuação apagada da equipe, a Nação começava a demonstrar sua tradicional impaciência, principalmente com o volante Jaílton, que errava quase tudo o que tentava fazer.
A gota d'água veio aos 33 minutos: Ligação direta do goleiro Renan com o meia Alex, que toca para Nilmar, livre, bater na saída de Bruno. Internacional 1 x 0 Flamengo.
O Fla parecia perdido em campo, mas ainda no primeiro tempo conseguiria empatar o jogo numa linda bicicleta de Diego Tardelli. Só que era o Flamengo e, como nada é fácil quando se trata do Mengão, o atacante rubro-negro estava em posição irregular e o gol foi corretamente anulado pelo árbitro Evandro Rogério Roman.
Após descer para o intervalo em desvantagem, o Flamengo volta à campo parecendo ter tomado uma boa chacoalhada no vestiário e com uma mudança importante para a história do jogo: Saiu Jaílton, entrou Jonatas. Não que o Jonatas tenha sido a salvação rubro-negra na partida, mas a presença do meia melhorou substancialmente o toque de bola do Mengão.
Não demorou muito e a mudança tática, aliada à uma impressionante mudança de postura, mostrou que o Flamengo não estava morto. Aos cinco minutos, Juan cobra falta pela direita do ataque, Fábio Luciano toca e a bola sobra para Marcinho, sozinho, empatar a partida.
Era o ânimo de que nós precisávamos!
Um pouco depois, em mais uma boa jogada, Diego Tardelli, que já incomodava bastante a defesa do Inter, invadiu a área colorada e driblou o goleiro Renan, sendo derrubado em seguida. Mas o árbitro não marcou o pênalti, pois a bola sobrou livre para Souza, que enfim, se livrou do jejum de quase dois meses sem marcar.
Após a virada, o técnico Abel Braga resolveu colocar em campo um conhecido da torcida rubro-negra, o meia Andrézinho, que substituiu Jiparaná, para tentar dar mais qualidade à posse de bola do time gaúcho. E funcionou! O jogo ia muito bem para o Mengão, mas como já é de costume quando a equipe está à frente no placar, a zaga relaxou e Nilmar invadiu livre a área rubro-negra. Toró, responsável pela marcação de Nilmar na jogada, parou pedindo impedimento. O juiz mandou seguir e Nilmar fez a festa: driblou Bruno e tocou para o gol, vazio... Opa! Nem tão vazio assim... Leo Moura, em uma demonstração incrível de raça e força de vontade, salvou com um carrinho o que seria o empate colorado.
Aquilo era tudo o que a Nação Rubro-Negra precisava ver! Raça, empenho, dedicação...
Daí até o fim do jogo o apoio foi incondicional e o Flamengo não perdeu mais o domínio da partida. Caio Jr. tirou Marcinho, que já havia sentido uma pancada recebida no primeiro tempo, e colocou Renato Augusto. O camisa 10 entrou bem no jogo, mas demonstrou que ainda precisa adiquirir ritmo para voltar a ser titular. O Mais Querido só não ampliou o placar porque Obina, que havia entrado no lugar de Souza, por duas vezes não conseguiu finalizar, chegando a ter esboçado a tentativa de uma bicicleta em uma jogada de bola aérea. Tudo bem, era o Obina...

Então, ficou nisso mesmo: Flamengo 2 x 1 Internacional, numa virada grandiosa que mostrou que a mão do técnico faz muita diferença na postura e na atitude que a equipe demonstra em campo.

Como se não bastasse o nosso ótimo resultado, com a derrota do Náutico para o Grêmio em Porto Alegre, voltamos à liderança do campeonato. Agora é secar o Cruzeiro e o Atlético-PR, que precisam vencer seus jogos para chegar no topo.


Análises Individuais da Partida:


Bruno: Quando exigido, mostrou a segurança de sempre. Sem culpa no gol do Inter.
Leo Moura: Apoiou pouco no primeiro tempo, mas melhorou bastante no segundo. Foi aclamado pela torcida após salvar um gol que já parecia concretizado pelo ataque do Inter.
F. Luciano: Bobeou na jogada do gol, pois não cobriu a investida de Angelim. No mais, atuou com a firmeza e a segurança de costume. Levou um cartão bobo ao reclamar com o árbitro e já está pendurado.
R. Angelim: Nenhuma falha individual relevante, mas no primeiro tempo não conseguiu acertar o posicionamento com seus companheiros de defesa. No segundo, segurou bem o ataque colorado.
Juan: Bem no apoio ao ataque, cobrou a falta de onde surgiu o primeiro gol. Levou um cartão desnecessário por insistir em reclamar com o árbitro. Precisa trabalhar seu temperamento.
Jaílton: Mal na marcação e na saída de bola, acertou pouquíssimo enquanto esteve no jogo. Em descrédito com a torcida, corre sério risco de perder a vaga no time titular.
Jonatas: Entrou no lugar de Jaílton e fez o time ganhar em qualidade e posse de bola. Cansou no final, talvez pela falta de ritmo, mas parece ter agradado a Caio Jr.
Cristian: Bem na marcação, só pecou no toque de bola. Foi o que mais errou passes no jogo, ao lado de Juan. Ambos com 6 jogadas desperdiçadas.
Toró: Perdido em campo no primeiro tempo, acompanhou a melhora geral da equipe no segundo. Parece não ter função em campo quando não é necessário atuar na marcação individual. Bobeou pedindo impedimento em jogada de Nilmar e quase entrega o resultado.
Marcinho: Bem no apoio, dividiu com Tardelli a responsabilidade de buscar o jogo nas pontas. Demonstrando o oportunismo de sempre, apareceu sozinho para marcar o primeiro do Fla. Saiu sentindo o quadril, no segundo tempo.
Renato Augusto: Entrou bem no jogo, participando ativamente da criação das jogadas de ataque. Sentiu um pouco a falta de ritmo, mas ainda é uma boa opção para o técnico Caio Jr.
Diego Tardelli: Em noite inspirada, participou de quase todas as jogadas de ataque criadas pelo Flamengo, principalmente no segundo tempo. Quase fez um golaço, driblando o goleiro Renan, mas foi derrubado na jogada. Deixou um de bicicleta, em posição irregular, que foi corretamente anulado.
Souza: Fez as pazes com o gol depois de um jejum de 8 jogos. Pouco produtivo no primeiro tempo, foi oportunista e aproveitou sobra de bola em jogada de Diego Tardelli. Se voltar a marcar gols regularmente, dificilmente sai do time titular.
Obina: Entrou no fim do segundo tempo no lugar de Souza e pouco fez pra ajudar. Não participou de nenhuma jogada que desse resultado e deu a impressão de ter entrado "já cansado". Vai ter que se empenhar muito pra ganhar vaga nesse time.


Caio Jr.: Arriscou ao entrar em campo com uma formação de pouca criatividade no meio-campo. Sacudiu o time no intervalo e acertou ao substituir Jaílton por Jonatas. Precisa dar oportunidade a outros reservas que estão esquecidos na Gávea.

Bem-vindo ao FLAnalisando!

A finalidade principal deste blog é analisar os jogos de futebol profissional do Clube de Regatas do Flamengo, através da visão de um torcedor que se considera muito apaixonado pelo clube.
Outros assuntos relevantes a respeito do Flamengo poderão ser tratados no blog, desde que este que vos escreve esteja suficientemente a par dos acontecimentos, visando reduzir ao mínimo possível as bobagens que aqui possam ser ditas.

O FLAnalisando foi criado em 25/05/2008 e esta data foi escolhida por dois motivos:

1º. Apesar de já ser uma idéia antiga, minha vontade era estrear o blog analisando uma boa vitória, num momento em que o time estivesse atravessando uma fase tranquila e promissora.

2º. Esta é a data do meu aniversário e, dessa forma, não esquecerei a data de aniversário do blog.


Espero que todos os que aqui chegarem, intencionalmente ou por acaso, possam desfrutar de uma leitura agradável, interessante e que expresse sensações e pensamentos compatíveis com a alegria de ser rubro-negro.

Obrigado pela presença!

Saudações Rubro-Negras!


Quem Sou Eu?

Nome: Paulo Roberto Barbosa Jr
Idade: 25 anos
Natural de: Rio de Janeiro - RJ
Residência em: Nilópolis - RJ

Resumo Pessoal:
Flamengo desde antes de nascer, comecei a experimentar verdadeiramente a alegria de ser um rubro-negro apaixonado aos 9 anos de idade, vendo o vovô-garoto Junior Capacete sapecar o Botafogo em pleno Maracanã, na final do Brasileirão de 1992.
Daquele momento em diante não havia mais nada que me fizesse enxergar outras cores que não o vermelho e o preto do nosso manto sagrado.
Devido à minha tenra idade na ocasião, não pude comemorar os títulos conquistados por Zico e cia, mas tive o prazer de vivenciar diversas conquistas, entre as quais destaco o Penta-Vice imposto ao nosso rival íbero-carioca, Vasco da Gama, entre os anos de 1999 e 2006.


Rumo ao Hexa! SRN!


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