terça-feira, 2 de setembro de 2008

O mesmo discurso


Qual a semelhança entre as coletivas pós-jogo do Fla e as novelas mexicanas?
Fácil de responder: Em ambos os casos, ainda que mudem os atores, a história é sempre a mesma.
Jogo após jogo, jogadores e comissão técnica do Flamengo vêm a público justificar resultados não muito positivos com as mesmas frases:
"Foi injusto", "Jogamos melhor", "Tivemos mais volume de jogo", "Dominamos a partida", e etc.
Não que estas afirmações sejam mentiras. Domingo, por exemplo, foi absolutamente notável a superioridade rubro-negra sobre o tricolor das Laranjeiras durante praticamente os 90 minutos do clássico no Maracanã.
Mas de que adiantou tanto domínio, tanta supremacia?
No fim das contas, um ponto para cada time, um péssimo resultado para ambos e sentimento de frustação nos dois vestiários.

Depois de passar tanto tempo precisando de alguém que fizesse gols, enfim o Flamengo começou a sair do zero em todos os seus jogos.
Mas, justo nesse momento, o jogador que detinha a maior cota de confiança da torcida começou a vacilar e entregou dois jogos em que poderíamos ter saído vencedores.
Um deles fora de casa, contra um adversário dificílimo.
Por conta disso, Bruno foi vaiado por parte da torcida domingo. Uma atitude que eu condeno veementemente, como já fiz até mesmo aqui neste Blog.
Tá certo que o nosso goleirão andou meio "mão-boba" lá no Sul e, contra o Flu, ficou com preguiça de pular na bola, num chute até despretensioso do Maurício.
Mas, afinal, vaiar o cara ajuda em quê?
A torcida precisa cobrar, sim! Mas com consciência.
Eu ainda tenho aquele velho pensamento de que no estádio torcedor tem mais é que gritar, cantar, empolgar, embalar o time... Enfim, tem que torcer! E só!
Qualquer outra atitude que não essa pode atrapalhar a concentração de quem está em campo, defendendo as nossas cores e o nosso Manto.

Até porquê, o Fla x Flu de domingo foi um bom jogo. Principalmente para a Nação, que teve o privilégio de ver surgirem no Fla dois novos talentos, que foram contratados sem ter muita badalação sobre si e com um certo tom de desconfiança por parte da imprensa especializada e dos próprios torcedores.
No primeiro tempo, boa atuação do estreante Éverton.
Boas tabelas com Juan e Marcelinho levavam o Flamengo constantemente ao ataque, dando muito trabalho à defesa do Fluminense.
Mas, infelizmente, quem roubou a cena foi Conca. Numa bola rebatida por Jaílton para a frente da área rubro-negra, o argentino emendou de primeira, num belo chute de esquerda, que passou acima de Bruno e entrou quase no ângulo esquerdo do goleiro.
1 x 0 pro Flu e um balde de água fria na imensa torcida rubro-negra, que lotava o Maracanã naquela tarde/noite.
E o Fluminense quase ampliou logo depois, em nova jogada de Conca, que Washington, de cara pro gol, chutou pro alto e desperdiçou.
Mesmo em desvantagem, o Flamengo não se abateve em campo e, alguns minutos depois, chegava ao empate num lance muito esquisito. Depois de 3 chutes para o gol de Fernando Henrique, dois deles dados por Toró, a bola sobrou na ponta direita. O próprio Toró dominou, cruzou pra área e após um enorme bate-rebate, Marcelinho Paraíba chutou, FH defendeu já dentro do gol e os jogadores do Mengão correram pro abraço.
Com amplo domínio rubro-negro na posse de bola, o primeiro tempo terminou com o placar igual, mas dando a entender que o Fla reagiria e conquistaria a necessária vitória.
Na volta para o segundo tempo, o mesmo time que terminou o primeiro.
Ainda mantendo o controle do jogo, a primeira mudança de Caio Jr foi trocar Obina, já cansado, por Maxi.
A mudança fez com que o time ganhasse em velocidade, mas perde-se em espaço, já que os zagueiros do Flu não tinham um centro-avante rubro-negro para marcar e ficavam sempre esperando a hora certa de dar o bote.
E foi aí que começou o show de Éverton. Ao invés das tabelas do primeiro tempo, o garoto começou a bagunçar a defesa do tricolor com belas jogadas individuais.
Partindo pra cima sem medo, Éverton se lançava constantemente pela ponta-esquerda e atterorizava os defensores do Fluminense com suas fintas e seus dribles destemidos.
Ali mesmo, pela esquerda, Éverton fez uma linda jogada, passou por dois zagueiros e bateu rasteiro, fora do alcance de Fernando Henrique. Mas, caprichosamente, a bola passou rente à trave e não entrou.
Mas o futebol sempre apronta das suas e num Fla x Flu não poderia ser diferente.
Sem que ninguém esperasse, Maurício dominou a bola no meio-de-campo, levou até a frente da área e arriscou, praticamente sem perigo.
Mas a bola descaiu, fez uma curva esquisita e o atacante do Flu ainda contou com a ajuda de Bruno, que fez golpe de vista e apenas observou a bola morrer no fundo da rede.
Foi mais um balde de água fria em cima dos planos de Caio Jr e companhia.
Nesse momento o Fla não tinha muitas opções. O que restava era partir pra cima e tentar, no mínimo, empatar a partida.
O Mengão seguiu pressionando até o final.
A torcida do Fla já se preparava pra tentar engolir mais uma derrota quando Sambueza, que havia entrado no lugar de Éverton, já próximo ao fim da partida, recebeu na direita do ataque, limpou a jogada e cruzou para a área encontrando Kleberson livre para escorar de cabeça e jogar pra dentro do gol.
Uma explosão de alegria tomou conta das arquibancadas!
Aquele gol era mais do que merecido. E se fosse pelo merecimento, ele deveria valer 5.
Afinal, o segundo tempo foi praticamente um jogo de um time só.

E o problema do Flamengo continua:
Derrotas e empates injustos, vitórias desperdiçadas e o mesmo discurso desde a saída dos nossos jogadores, no início da janela.

Agora é sofrer de novo, e rezar por um resultado mais justo em Sta. Catarina, na quarta-feira.

SRN! Rumo ao Hexa!

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Bem-vindo ao FLAnalisando!

A finalidade principal deste blog é analisar os jogos de futebol profissional do Clube de Regatas do Flamengo, através da visão de um torcedor que se considera muito apaixonado pelo clube.
Outros assuntos relevantes a respeito do Flamengo poderão ser tratados no blog, desde que este que vos escreve esteja suficientemente a par dos acontecimentos, visando reduzir ao mínimo possível as bobagens que aqui possam ser ditas.

O FLAnalisando foi criado em 25/05/2008 e esta data foi escolhida por dois motivos:

1º. Apesar de já ser uma idéia antiga, minha vontade era estrear o blog analisando uma boa vitória, num momento em que o time estivesse atravessando uma fase tranquila e promissora.

2º. Esta é a data do meu aniversário e, dessa forma, não esquecerei a data de aniversário do blog.


Espero que todos os que aqui chegarem, intencionalmente ou por acaso, possam desfrutar de uma leitura agradável, interessante e que expresse sensações e pensamentos compatíveis com a alegria de ser rubro-negro.

Obrigado pela presença!

Saudações Rubro-Negras!


Quem Sou Eu?

Nome: Paulo Roberto Barbosa Jr
Idade: 25 anos
Natural de: Rio de Janeiro - RJ
Residência em: Nilópolis - RJ

Resumo Pessoal:
Flamengo desde antes de nascer, comecei a experimentar verdadeiramente a alegria de ser um rubro-negro apaixonado aos 9 anos de idade, vendo o vovô-garoto Junior Capacete sapecar o Botafogo em pleno Maracanã, na final do Brasileirão de 1992.
Daquele momento em diante não havia mais nada que me fizesse enxergar outras cores que não o vermelho e o preto do nosso manto sagrado.
Devido à minha tenra idade na ocasião, não pude comemorar os títulos conquistados por Zico e cia, mas tive o prazer de vivenciar diversas conquistas, entre as quais destaco o Penta-Vice imposto ao nosso rival íbero-carioca, Vasco da Gama, entre os anos de 1999 e 2006.


Rumo ao Hexa! SRN!


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